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terça-feira, 6 de maio de 2008

O PERIGO DE CADA DIA







A velocidade não me fascina
Não mais do que meu próprio equilíbrio
Levo o perigo na minha rotina
Encaixado no crânio o meu melhor amigo.

Até onde o inevitável permitir
Segue-se a vida, na contra mão entre caminhos apertados
Entre os maiores do que eu até aqui sobrevivi
Calculando os centímetros mais disputados.

Sagrada é a minha necessidade
Que me protege dos mais imprudentes
A cada dia um ato de coragem
Um par de rodas para cada sobrevivente.


Thiago Sicuro



quinta-feira, 1 de maio de 2008

BALA DE MEL

Autor (Thiago Sicuro)
Popular/Samba


Pela manhã, acordo bem cedo pra tomar café,
Subo no muro e olho a mulher,
Que por algum tempo já vem me encantando.

Todos os dias, eu passo por ela e ela olha pra mim,
Como ela consegue me deixar assim?
Ai meu Deus do céu acho que estou amando!

Vem cá baleiro, me dá uma bala de mel. (2x)
Quando olho pra essa mulher baleiro, me vejo à caminho do céu. (2x)

Quando vou a praça ,
Converso com um cara que é muito maneiro,
Ele vende bala, o cara é baleiro,
E me dá uns conselhos pra ficar com ela,

Ele me disse,
Não perca essa chance de ser o fiel,
Mas antes chupe esta bala de mel,
E depois vai correndo declarar pra ela o seu amor,

_Valeu baleiro!
Você é um cara maneiro e esperto,
Me deu um idéia e deu tudo certo,
Estou tão contente e amando demais.

_Que nada filho!
Você é pintoso e educadinho,
Só precisava de um empurrãozinho,
De amigo pra amigo é assim que se faz...

Vem cá baleiro, me dá uma bala de mel. (2x)
Quando olho pra essa mulher baleiro, me vejo à caminho do céu. (2x)

SUICÍDIO


Esta noite me joguei de um abismo
O vento frio assoviava e me rachava a face ao meio
Vaguei no breu do desespero
E no meu grito ressoava o som da magoa que ninguém Podia ouvir.

Pois no meio do caminho eu me arrependi...

Me joguei de um abismo
Troquei viver por uma noite triste
Tive medo de adiar a morte sem ter mais o que esperar
Me retorci no ar buscando retornar ao mundo em que Cresci.

No meio do caminho eu me arrependi...

Esta noite me joguei de um abismo
Sem pensar nos filhos que eu teria
Sem pensar na paz que nasceria
Depois só queria voar de volta e me perdoar.

Porque no meio do caminho eu me arrependi...

Me joguei de um abismo
E agora aqui estou
De alma pobre e sem corpo
Vendo a mim mesmo sem espelho a frente.

E agora aqui estou
Percebendo amargamente
Que não há razão maior que o encanto pela vida
Que o abismo era só um abismo
E que a vida já era...

Bem no meio do caminho eu me arrependi
E a vida já era.


Thiago Sicuro